Enredo
O
livro é escrito por um defunto-autor que é irônico, compara seu livro com o
Pentateuco, diz que apenas onze pessoas foram ao seu velório por não ter sido
divulgado. Em seguida, conta sobre a brilhante ideia que teve e esta acabaria
com o problema da melancolia da sociedade: o emplasto e também fala de um
delírio, um pesadelo que teve com a Natureza ou Pandora.
Nasceu
no ano de 1805, seu batizado foi na igreja de São Domingos, fala que possui um
amigo chamado Quincas Borba que conheceu na escola e de um moleque que ele
maltratava, era seu escravo Prudêncio.
Aos
dezessete anos apaixona-se por uma prostituta de luxo chamada Marcela, por quem
gasta todo o dinheiro da família comprando joias para agradá-la, tanto que diz
que o amor valeu quinze meses e onze contos de réis, seu pai lhe manda estudar
política em Coimbra pelo fato de estar gastando sem limites.
Ele
volta de Coimbra e vê a sua mãe morrer de um câncer no estômago. Então se isola
e seu pai insiste com que ele se case e participe da sua vida política. Ele
planeja casar com Virgília, já que seu pai tem influências políticas. Então
conhece Eugênia, uma moça coxa com quem tem um caso pequeno.
Brás
Cubas perde a mão de Virgília para um político chamado Lobo Neves, eis que este
se casa com Virgília. Ele começa a ter um caso com ela numa casa alugada em Gamboa.
Mas passado um tempo, o esposo recebe uma carta anônima contando sobre o caso
deles, eis que os dois amantes terminam friamente.
A
irmã de Brás Cubas se chama Sabrina e reaparece depois de muito tempo e fala
que ele deve casar-se. Então apresenta a Nha-lolo, mas eles não se casam porque
a moça morre aos dezenove anos.
Ele
encontra Marcela numa loja onde vende
joias que herdou de um marido rico que havia morrido. Ela estava velha e ele percebe
que ainda continuava interesseira.
Encontra
Eugênia em um cortiço e não acredita no fim triste e pobre que a moça teve e
ele vê Marcela morrer.
Reencontra
seu amigo Quincas Borba, que é um filósofo do Humanitismo. Quincas fica louco e
resolve queimar todos os escritos que
tinha feito a respeito da sua filosofia .
O
último capítulo trata apenas de Negativas. Brás Cubas fala que não foi
político, não se casou, não conseguiu fazer o emplasto, não conseguiu nada.
Enfim, ele diz que pelo menos uma coisa boa ele fez, que foi não ter passado a
miséria da sua espécie.
Personagens
Brás
Cubas: o defunto-autor que é o narrador-protagonista, um homem petulante,
egocêntrico, irônico que usa de tamanho ego para esconder o fracasso de sua
vida.
Marcela:
o primeiro amor jovem de Brás com dezessete anos. Uma prostituta de luxo, uma
mulher bonita, vaidosa e muito interesseira.
Virgília:
mulher com quem Brás ia se casar, mas acaba perdendo para o Lobo Neves, mas
depois de um tempo ele vira amante desta. Ela é mulher fria, pensa só em si
mesmo e esconde o adultério que comete com ele na casinha alugada de Gamboa.
Lobo
Neves: um político que só pensa no poder. Ele é esposo de Virgília que “aceita”
o adultério da esposa.
D.
Plácida: mulher que serve de cúmplice para o caso dos dois amantes. Sempre é
muito solitária e triste.
Eugênia:
moça que é coxa, bonita e triste, ela tem um pequeno caso com Brás, mas ele a
abandona.
Quincas
Borba: amigo de Brás Cubas desde a infância, é um filósofo humanitista.
Prudêncio:
escravo de Brás Cubas quando ele era pequeno, Brás o maltratava, lhe batia e o
fazia de cavalinho.
Nha-lolo:
presente de Cotrim, ela ia casar com Brás, mas isso não acontece porque a moça
morre aos dezenove anos.
Demasceno:
pai de Nha-lolo.
Sabrina:
irmã de Brás Cubas.
Cotrim:
esposo de Sabrina, cunhado de Brás, é um amigo na política.
Temas
Ironia : é um dos temas principais pois Machado de Assis é muito irônico ao fazer um
personagem em que este faz a comparação com a obra Pentateuco. O autor critica
a sociedade burguesa, falando de seus valores interesseiros.
Humanitismo.
O
adultério cometido no livro, a sociedade de classe alta tinha apenas status e
escondia as verdades.
A
escravidão é tratada de uma forma em que ao longo do livro Brás encontra seu
escravo Prudêncio e o vê batendo em
outro escravo, ele pede para parar, o ex- escravo o ouve, mas isso acontecia
porque o escravo tinha tido aquilo na sua vida e só estava reproduzindo o que
havia passado.
Contexto
Histórico
O
romance acontece na segunda metade do século XIX, no governo de D.Pedro II.
Na
sua infância acontece a Queda de Napoleão Bonaparte.
A
sua juventude coincide com a Independência do Brasil em 1822.
Verossimilhança
A
verossimilhança que existe no livro Memórias Póstuma de Brás Cubas é com a
escravidão, porque era um momento que o Brasil estava passando, onde era comum
as famílias burguesas terem escravos em casa, o que mesmo acontecia com Brás
que ele tinha o escravo Prudêncio.
Foco
Narrativo
O
autor é um narrador de primeira pessoa, um narrador-personagem que se encontra
na forma onipresente. Ele mostra a sociedade carioca no século XIX.
Tempo
Neste
livro há dois tempos: o psicológico em que o autor além-túmulo faz digressões e
o tempo cronológico que é contado a partir do décimo capítulo, seguindo uma
forma linear( nascimento, viagem, volta de Coimbra, morte).
Espaço
da narrativa
O
espaço da narrativa se passa na maior parte no Rio de Janeiro no século XIX e
também tem uma parte na Europa, na faculdade de Coimbra.
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